terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Férias estressantes!


Por ser filósofo sou bastante livre em relação as abordagens e escolhas de temas para analisar. Ou seja, posso meter o bedelho em qualquer assunto. Sendo assim, e aproveitando as minhas recentes férias, quero tecer algumas palavras sobre algo que me chamou atenção nas minhas andanças pelo país. Fiquei assustado com a quantidade de pessoas que saem de férias e não conseguem alcançar aquilo que se espera de pessoas que estão de férias: RELAXAR.
Estive durante alguns dias no litoral catarinense, presume-se que aqueles que se dirigem para uma praia para passar alguns dias estejam desprendidos de compromissos de trabalho, isto é, estejam tranqüilos e relaxados, completamente imunes das agruras de um dia de trabalho. Contudo, percebi que inúmeras pessoas que deveriam estar relaxadas, simplesmente estavam estressadas.
Por que estou falando isso? Ora, quem vai à praia no mês de janeiro é por que está de férias, ou, no mínimo, numa folga prolongada, portanto, não tem compromisso com tempo ou precisa cumprir uma meta maluca proposta pelo chefe, entretanto, não foi isso que vi, pois encontrei muitos estressadinhos.
É fato que em algumas datas as praias ficam lotadas, como dezembro, janeiro e fevereiro, e quem se desloca para esses lugares já tem que pressupor isso, fila na rodovia pra chegar, fila no supermercado, fila no caixa eletrônico, filas em restaurantes, disputa por um bom local na areia e etc. Isso não me incomoda, pois estou de férias, posso esperar, mas incomoda uma porção de gente. Como isso aparece? Com buzinaço nas rodovias (como se isso fizesse os veículos andarem mais rápido), com reclamações na fila do supermercado (talvez assim o atendende do caixa faça seu trabalho mais rápido, numa velocidade sobrehumana), entre outras situações que externam a "braveza" do homem pós-moderno.
Tendo isso em vista, lanço a questão, será que essas atitudes, é claro proporcionadas por algumas minorias (graças a Deus!) não são reflexo de um homem que é bombardeado no seu dia a dia por uma infinidade de informações e relacionamentos em todas as esferas que impossibilitam que ele se desligue? É celular, MSN, Orkut, e-mail, e muitos mais. Tudo isso deixa o "bichus modernus" em estado permanente de atenção e alerta, não conseguindo, nem em momentos de férias, se desligar, baixar a voltagem, tornar-se mais calmo.
Pensemos nisso!
Voltem sempre!