sexta-feira, 12 de março de 2010

Da utilidade do ensino de ética profissional

Enquanto professor, ministro a disciplina de Ética Profissional para alguns cursos de graduação. Algo que sempre me preocupou foi deixar claro para meus alunos de que nada adianta estudar sobre ética sem torná-la parte integrante dos seus atos cotidianos, isto é, estudar algo apenas por estudar ou apenas para cumprir com as exigências do currículo do curso, mas que na verdade não se considera como importante para a vida.
O estudo da ética, no caso a ética profissional, só faz sentido quando incorporamos seus fundamentos nas nossas atitudes diárias dentro e fora das empresas, caso contrário, tudo o que é dito, discutido, analisado sobre o assunto dentro da sala de aula tornam-se apenas palavras ao vento.
Infelizmente percebo em grande parte dos alunos o desinteresse em tratar ou frequentar tal disciplina. Talvez acreditem que seja fácil ser ético, ou que tal cadeira não serve pra nada no seu curso, ou que tal temática não possui utilidade prática alguma, entre outros argumentos pouco sustentáveis. Ética, assim como Filosofia, não se ensina, aprende-se a filosofar ou a desenvolver comportamentos éticos. Espero que meus alunos compreendam a importância do agir ético no exercício das suas atribuições profissionais e sociais, senão serão sempre especialistas "com muletas", ou seja, excelentes técnicos e burocratas, mas péssimos seres de convivência social e que pouco contribuirão para a melhoria da comunidade em que estão inseridos! Deus me ajude neste caminho de ensinamento, pois tem sido muito difícil!

terça-feira, 9 de março de 2010

A condição humana

Diferimos dos animais pela nossa capacidade de pensar o mundo e a nós mesmos. Relação ou processo dialético é como a Filosofia chama essa capacidade do ser humano em (ao mesmo tempo) unir pensamento e ação. Quando pensa, o homem, em certo sentido, remete à uma ação prática. Essa ideia, um tanto quanto simples de ser compreendida, é que provoca a evolução histórica. Não somos os mesmos homens de ontem e não seremos os mesmo de amanhã.
Todas as grandes transformações promovidas na humanidade são reflexos indeléveis dessa relação exposta acima. Quebrar paradigmas, esse é o nome que se dá para aqueles que se propuseram a levar ao máximo pensamento e ação. Em todas as áreas do saber, sejam humanas, biológicas, exatas, etc, a quebra de paradigmas representa um ponto de evolução e transformação. Einstein, Newton, Lavosier, são apenas alguns nomes de grandes quebradores de paradigmas. Já pensou se estes e outros homens nao tivessem existido? Portanto, não devemos nos conformar em apenas reproduzir o que já existe, mas inovar, pensar, agir, propor novas ideias e caminhos. Justamente aí encontra-se a nervura central da produção científica: o novo, o ainda não pensado, o porvir, o vir a ser.
O que quero dizer com isso tudo é que a dialética é mãe de todas as transformações que se externam na forma de quebra de paradigmas, assim, QUEBRE OS SEUS! Eu estou quebrando os meus constantemente.
Voltem sempre!