quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Lobato no mundo da fantasia!

Quanto mais vivo nesse país mais eu fico abismado com algumas coisas que acontecem. Digo "esse país" porque não conheço a realidade de outros. Recentemente uma senhora professora do ensino superior resolver analisar o livro de Monteiro Lobato, "As Caçadas de Pedrinho", sob a perspectiva de quem quer encontrar discriminação e racismo. E achou! Quem procura acha! Quando estudei História na Universidade uma das primeiras coisas que aprendi foi que não se analisa o passado com olhos anacrônicos, ou seja, olhar para algo do passado esperando encontrar coisas que hoje julgamos de uma determinada maneira não concerne a um pesquisador ou ao caráter científico da área do saber histórico. Se for desta maneira quem procurar na última ceia de Jesus Cristo a discriminação de gênero, encontrará. Quem procurar nos postos presidenciais ocupados nos países mais poderosos do mundo a não presença negra, encontrará, e, finalmente, quem procurar diferenciações de gênero, raça, cultura, etc no "Sítio do Pica Pau Amarelo", encontrará.
Ora, que tal se nos preocuparmos com aquilo que as crianças estão expostas todos os dias em frente a televisão? Lhes garanto que as apelações ditas racistas e discriminatórias estão muito mais presentes e aparentes lá do que no livro do ilustríssimo Monteiro Lobato. Por exemplo, recentemente na abertura de uma novela da Rede Globo no horário das 19:00 hs (nesse horário há um monte de crianças assistindo) aparecia uma empregada, afro-descendente diga-se de passagem, servindo a mesa de uma família, branca diga-se de passagem, quando ela se aproxima de um vovô sentado à mesa ele simplesmente aproveita para dar uma bela olhada na parte lombar da mesma. Ora, esses elementos, empregada negra, família rica, subserviência sexual, também não apontam para aquilo que existe no livro de Lobato? Se sim, por que ninguém disse nada? Todo país assistiu a novela e achou engraçado. Ah, a Globo pode, o Lobato não pode. Ó hipocrisia! Estamos vivendo num país de hipocrisia, fala-se uma coisa e se faz outra. Coitado do Lobato, não pode nem se defender. E a Globo e outras emissoras que bombardeiam nosso lares com mensagens subliminares e outras aberrações? Ninguém se levanta para falar contra?
Chega, não sei mais o que falar. Acredito que a mensagem foi dada! Preocupemo-nos com coisas mais úteis, por exemplo, com o que queremos para nosso futuro! Que tipo de pessoas? Aquelas que leram Lobato ou aquelas que assistiram a novela das sete?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Marx está vivo!

É incrível como os gênios estão presentes nas nossas vidas mesmo muito tempo depois de partirem desse mundo. Quero falar hoje do bom e velho Karl Marx. Deparei-me recentemente com a teoria de Marx referente ao fetichismo da mercadoria. Para os não iniciados na filosofia marxiana (prefiro essa, ao invés de marxista) explicarei brevemente. O nosso filósofo, em meados do século XIX, dizia que o capitalismo, como modo de produção, gera um fenômeno interessante, chamado por ele de "fetichismo da mercadoria". Isso consiste na atribuição às mercadorias de determinadas qualidades, sentimentos ou paixões, presentes (ou pelos menos presentes teoricamente) apenas em seres humanos. O processo produtivo encabeçado pela classe social dos burgueses tende a atribuir a mercadoria grande valor, não só econômico, mas também valor sobrehumano. Neste processo, temos uma "humanização" da mercadoria ou produto e uma "desumanização" daquele que a cria ou a produz. Em outras palavras, o homem se "coisifica" enquanto a mercadoria "ganha vida".
Esse raciocínio de Marx, já empreendido há muito tempo, ainda está presente se aguçarmos nosso olhar. A genialidade de Marx encontra-se numa capacidade enorme de perceber o mundo em que estava inserido (e que certamente era cria dele) e pensá-lo de forma apurada, afinal, muito antes do advento dos meios de comunicação de massa, ele assinalava para esse processo de "atribuição de vida" à mercadoria. Exemplificarei. Basta olharmos para a forma como as mídias exploram a venda das mercadorias. As propagandas não vendem o produto em si pela sua utilidade ou por um benefício prático, mas principalemnte por aquilo que ele pode gerar em termos subjetivos. Ou seja, serei melhor querido pelo meu grupo social se usar tal tênis de tal marca, serei mais forte se tomar tal bebida energética, ficarei mais feliz e subirei de classe social se trocar de carro e etc, etc, etc.
Estão vendo, aí está a genialidade de Karl Marx, um homem que morreu há mais de 100 anos mas que está presente em nossas vidas até hoje, afinal, o capitalismo, ou melhor, o aspecto essencial do capitalismo, que é a produção, venda, acúmulo e geração de riqueza, funciona incitando os nosso sentimentos. Compramos, muitas vezes, não porque precisamos para uma finalidade prática e necessária, mas simplesmente para nos diferenciar socialmente, para produzirmos escalas de importância (se eu tenho sou melhor que você), ou compramos apenas para nos sentirmos felizes. Quer um exemplo clássico, veja quantas coisas você comprou apenas por impulso, sem a existência de uma necessidade. Olhe na sua casa, no seu guarda-roupa. Tá vendo! Agora me diga que Karl Marx está morto...rs!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dicas para uma boa defesa do trabalho perante a banca examinadora

"Aqui apresentamos alguns conselhos que poderão ser seguidos para uma boa defesa do trabalho perante os professores.

1. Os professores da banca não estão lá para ‘ferrar’ com você. Eles já foram alunos, bem como já defenderam seus trabalhos perante bancas de pós-graduação. Acabe com aquele conceito errôneo que todos temos de que os examinadores querem acabar conosco. Eles estão ali justamente para avaliar seu trabalho, questionando algumas etapas e tecendo comentários sobre o mesmo, visando averiguar o quanto você sabe sobre o trabalho. Tais comentários podem ser construtivos ou destrutivos. Tudo vai depender da qualidade do trabalho apresentado gráfica e oralmente.

2. Todos cometemos erros. Por mais que venhamos a cometer erros durante a explanação de uma ideia, não significa que você foi reprovado. Você tem a possibilidade de, naquele instante, se retificar, efetuando as correções pertinentes ao engano cometido. Seja humilde; admita seus erros; concorde com o examinador quando souber que errou. Não tente provar a ele que está certo, quando lá no fundo, você está em dúvida sobre o tema. Entretanto, se você estiver convicto de sua posição, tente convencê-lo e, caso você atinja este objetivo, certamente eles se renderão ao seu trabalho.

3. Estude seu trabalho. Se você elaborou seu trabalho, parabéns: você já está afiado para a defesa, mas não confie somente nisso. Dê uma boa lida no texto, procure encontrar defeitos, explore os conceitos que não ficaram claros, pois, com certeza, o que não ficou bem esclarecido será motivo de questionamento pelos examinadores. Se você contratou alguém para efetuar sua pesquisa e elaborar seu trabalho, parabéns: você poupou uma etapa árdua de pesquisa e desenvolvimento.

Entretanto, use este tempo que você ‘economizou’ para ler as obras indicadas na bibliografia, procure conhecer os autores citados, tire suas dúvidas com a pessoa que elaborou o trabalho. Dê uma boa avaliada no texto, como se você fosse o examinador. Verifique quais os pontos que não ficaram muito claros e estude-os.

Em ambos os casos, quando o examinador questioná-lo sobre tais aspectos, você poderá dar um show, explicando-os com clareza e firmeza, demonstrando seu conhecimento cientifico sobre o tema e sua capacidade de assimilação e síntese.

4. Não se coloque em posição inferior ao examinador. Normalmente, as situações tendem a colocá-lo em posição inferior; afinal, um estudante tentará defender seu trabalho perante ‘cobras’ do assunto. Algumas posturas poderão auxiliá-lo na minimização destas diferenças:
- Converse com seu orientador: procure saber quais os examinadores, se eles possuem obras publicadas, o que eles pensam sobre o tema de seu trabalho, o que eles costumam questionar;
- Porte-se como um examinador: seja formal, pelo menos até que os professores dispensem tal formalidade;
- Vista-se de acordo com a ocasião. Demonstre tranquilidade. Saúde-os e agradeça a presença de cada um deles antes de iniciar a exposição.

5. Na defesa de temas que admitam correntes diferentes de interpretação para um mesmo problema, não seja arrogante. Não tente convencê-los de que aquela corrente é a mais acertada. Demonstre sua tese, ouça a deles, responda aos questionamentos, mas nunca se esqueça: não cabe a você demonstrar que aquela ou esta corrente está errada, mas sim, que a teoria que você defende é a mais acertada, fundamentando suas respostas.

6. Se organize. No dia da defesa, leve algumas das obras que foram utilizadas, bem como uma via de seu trabalho com as anotações que julgar serem importantes. Siga uma estrutura lógica de explanação, apresentando os objetivos de seu trabalho, a problemática que se propôs a investigar e os resultados observados. Anote as questões que forem sendo efetuadas e procure responder a todas.

7. Seja sincero: se não souber, não ‘chute’, não enrole: afirme que é uma questão que exige uma investigação posterior e que você não está preparado para respondê-la. Não tenha medo de dizer ao examinador que a questão não é pertinente ao tema exposto, se for este o caso.

Se você seguir à risca os conselhos de seu orientador durante a elaboração do trabalho, certamente você conseguirá visualizar quais questionamentos poderão vir dos examinadores. Assim, quando o orientador questioná-lo sobre um conceito, sobre uma teoria, ou pedir-lhe para acrescentar determinado autor, acredite: se você não ouvir aos pedidos deste orientador, poderá ser questionado exatamente nestes pontos, pelo examinador, durante a banca. E ai poderá ser tarde para pesquisar e inserir no trabalho!"

Fonte: www.elitemonografias.com.br

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A vitória da indisciplina!

Parece clichê ficar criticando a cultura brasileira, mas eu não aguento, tenho que criticar. O técnico do Santos, Dorival Junior, foi demitido, sucumbiu à força de um menino estrelinha que não sabe lidar com suas habilidades, tudo porque lhe falta uma virtude principal, a humildade. Neymar é a figura pública que representa o que a maioria dos jovens brasileiros são na atualidade, indisciplinados e avesso à regras, acham que o mundo deve girar em torno deles e não o contrário. Ah, quanta pobreza de espírito, quanto desprezo pelo semelhante, quanto individualismo, quanto descaso com o outro.
Neymar externa em suas atitudes, e em tudo que decorre delas, a falta de dignidade em relação à seguir normas e regras, coisa muito própria dos jovens brasileiros. Nao falo aqui que contestar é errado, mas contestar aquilo que é correto e justo, como por exemplo um jogador respeitar seu técnico, já é o fim da picada. Espero que esse garoto se conscientize logo, caso contrário será mais um mimado, rico e desiludido, sem muito a acrescentar a sociedade, pois acredita que é a sociedade que deve favores à ele. Espero que Neymar e os demais jovens brasileiros abandonem essa idiotice coletiva que os acompanha e passem a usar algo que nasceu com eles, contudo atrofiou-se pelo desuso: o cérebro!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Dica profissional!

Dois funcionários e o gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo.

Eles esfregam a lâmpada e de dentro dela sai um Gênio. O Gênio diz:

- Eu só posso conceder três desejos, então, concederei um a cada um de vocês!

- Eu primeiro, eu primeiro.' grita um dos funcionários... Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida ' ..

Pufff e ele foi ....

O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido:

- Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de cervejas!

Puff e ele se foi ....

- Agora você - diz o gênio para o gerente..

- Eu quero aqueles dois palhaços de volta ao escritório logo depois do almoço para uma reunião!


Conclusão: Deixe sempre o seu chefe falar primeiro.

(autor desconhecido)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O CONFLITO É PRODUTIVO !?

Foi-se o tempo em que o conflito era visto como nefasto para as organizações empresariais. Em outros tempos uma boa empresa deveria esforçar-se ao máximo para que os níveis de problemas decorrentes de tal situação fossem os mais baixos possíveis ou mesmo nulos, tudo isso para que o processo produtivo não sofresse um prejuízo considerável dentro da proposta de trabalho da organização.
Durante muito tempo as discussões que tratavam esta temática nas empresas comungavam da idéia de que o conflito deveria ser aniquilado pela gestão, isto é, uma empresa ideal era aquela em que não existisse conflito. Contudo, esse pensamento não possui muitos adeptos na atualidade, pois tal método administrativo apaga o ponto de vista oposto, eliminando, assim, a possibilidade de novas visões ou propostas de alteração nos processos produtivos que estimularam a ocorrência do próprio conflito. Sendo assim, hoje não é incomum encontrarmos gestores que concordam e são condescendentes com o conflito em suas empresas, pois, para eles, tal fenômeno traz à tona necessidades urgentes de alterações, tanto na área material da empresa como na área de recursos humanos. Um exemplo são empresas como a Natura e a Schincariol que possuem momentos específicos em seu planejamento organizacional para discutir os benefícios gerados pelo conflito para a organização.
É fato, as pessoas não são iguais, ou melhor, não pensam de forma convergente, deste modo, é normal a contrariedade de opiniões e idéias. Isso vale para colaboradores de todos os tamanhos de organizações, não só às que contam com números expressivos de funcionários, mas também às pequenas e microempresas. Onde existem pessoas atuando há, de forma potencial, a emissão de julgamentos e opiniões de forma diferente. Esse é um aspecto cultural do ser humano, campo de estudo da Psicologia e da Sociologia organizacional, mas que o setor de recursos humanos e o gestor das empresas devem pelo menos ter um conhecimento básico.
Obviamente existem níveis aceitáveis de conflitos, e fica difícil mensurar quando estes são alcançados, cabe ao gestor pensá-los a partir da realidade da sua organização e mesmo do seu feeling profissional, do seu conhecimento teórico e prático. Num raciocínio amplo, ele é aceitável quando traz a resolução de aspectos importantes dentro do processo produtivo ou quando elucida possíveis divergências entre colaboradores. Ele é negativo quando aumenta o ressentimento entre as pessoas ou bloqueia canais de comunicação e cooperação em relação aquilo que se espera da organização como meta ou colocação setorial no mercado.
A proposta aqui não é dar um norte para assumir ou não o conflito como normal, até porque a discussão desse tema não se resume a apenas estas poucas linhas, mas sim indicar a necessidade de não colocar para debaixo do tapete da empresa esses problemas, ou seja, fazer vistas grossas, ou mesmo não agir de maneira contundente, simplesmente cortando o mal pela raiz, eliminando o conflito pela aniquilação das pessoas que o fizeram surgir, sendo mais claro, demitindo os envolvidos e perdendo, deste modo, a possibilidade de agregar conhecimento por meio da sua ocorrência.
Enfim, não existe uma dosagem exata na administração de conflitos, para cada sintoma há um panorama a ser apreciado pelo gestor, alguns requerem doses homeopáticas, outros, tratamento intensivo.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Parecer sobre o amor!

Como filósofo, o tema AMOR nunca me chamou muito a atenção, não sei bem o por quê, também não vem ao caso procurar essa resposta, o fato é que me senti tocado, por circunstâncias um tanto quanto incompreensíveis, a escrever sobre ele. Não sei se vou conseguir externar aqui o que penso (e sinto, afinal amar é sentir) sobre o amor. Estou com quase 40 anos de idade e uma primeira constatação é de que esse sentimento, que ao longo de toda vida chamamos de "amor", se apresenta com facetas e características diferentes. Na tenra idade da adolescência ele surge como um tornado, nos retira o chão, nos obriga a não pensar em mais nada a não ser no "objeto" amado. Neste período, somos arrebatados pela descoberta de que somos inconclusos e que o outro pode nos preencher uma lacuna que já nasce conosco. Nos angustiamos quando a pessoa amada não nos é acessível, ou se é, nos corroemos junto com o tempo na dura espera de rever o que amamos quando este está distante. Amar, neste período da vida, é sofrer, mas não sofrer de dor física, desespero ou falta perpétua, é sim um sofrer "gostoso" onde vemos no objeto desejado uma fuga pra nos encontrarmos no outro, naquele que acreditamos que nos preencherá, fundirá seu ser com o nosso, para, finalmente, tornarmo-nos um só.
Ao passar dos anos, o "amor tornado" perde força, assenta-se, ganha calmaria. O turbilhão de sentimentos que outrora nos confundia agora nos compraz, nos aprimora, nos eleva, nos acrescenta e nos guia. Amar, portanto (ao menos na minha experiência como humano) é viver de modo a permanecer aberto ao outro; esse outro nem sempre nos afirma, mas também nos negativa. O fato é que uma vida com amor nos completa, porém também nos dá conta de como somos incompletos. Bom, acho que é isso! Pelo menos tentei transcrever um pouco em palavras aquilo que pouco compreendemos!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Divagações!

Algumas coisas são compreensíveis, outras nem tanto, mas, enfim, o que fazer, não podemos saber tudo. Ando meio atarefado, tou parecendo uma formiga que durante o verão trabalha para reunir alimento para a época do inverno. Não que eu seja contra trabalhar, adoro, principalmente o trabalho intelectual, o problema é quando o trabalho me espera com a boca aberta e os caninos à mostra pronto para me devorar e me digerir até o final do expediente. Acredito piamente que o trabalho é a única maneira de nós (que não escolhemos nascer numa sociedade capitalista) sermos bem vistos por nossos concidadãos. Então....não vou terminar esse texto agora, estou cansado! Aff!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Frases interessantes em Latim

1- A barba não faz o filósofo. — Barba non facit philosophum.
2- A boa árvore dá bons frutos. — Arbor bona fructus bonos facit.
3- A cavalo dado não se olha o dente. — Equi donati dentes non inspiciuntur.
4- A desgraça do pobre é querer imitar o rico. — Inops, potentem dum vult imitari, perit.
5- A desgraça vem ser chamada. — Mala ultro adsunt.
6- A exceção confirma a regra. — Exceptio regulam probat.
7- A experiência vale mais que a ciência. — Experientia praestantior arte.
8- A intenção é que faz a ação. — Voluntas pro facto reputatur.
9- A maior vingança é o desprezo. — Injuriarum remedium est oblivio.
10- A pressa é inimiga da perfeição. — Festinare docet.
11- Amigo velho é parente. — Amicitia vera similis est consanguinitati proximiori.
12- Cão que ladra não morde. — Canes timidi vehementius latrant.
13- Careca não gasta pente. — Quid pectunt qui non habent capillos?
14- Com bochecha cheia de água ninguém sopra. — Flare simul, sorbere simul, res ardua semper.
15- Conhece-te a ti mesmo. — Nosce te ipsum
16- Dá duas vezes quem dá depressa. — Bis dat qui cito dat.
17- Errando é que se aprende. — Errando discitu
18- Há males que vêm por bem. — Nunc bene navigavi, cum naufragium feci.
19- Muito prometer é uma maneira de enganar. — Multa fidem promissa levant.
20- Na boca do mentiroso o certo se faz duvidoso. — Mendaci ni verum quidem dicenti creditur.
21- Nada duvida quem nada sabe. — Ille nihil dubitat qui nullam scientiam habet.
22- Não há regra sem exceção. — Deviat a solitis regula cuncta viis.
23- O que se faz de noite, de dia aparece. — Nocte lucidus, interdiu inutilis.
24- Papagaio velho não aprende a falar. — Psittacus vetus non discit loqui.
25- Quem bem vive, bem morre. —Qui vult rite mori, ne prave vivat oportet.
26- Ver, ouvir e calar. — Auribus frequentius quam lingua utere.

Fonte: http://www.gandaiabr.net/2009/10/frases-em-latim.html

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Família, escola e sociedade

Família, escola e sociedade

Muitos pensadores e pesquisadores são enfáticos em admitir que a sociedade moderna está em crise. Não falo aqui em crise financeira ou econômica, mas em crise de valoração moral. Neste raciocínio, a educação formal, representada pelas suas várias instâncias e níveis, também está submetida a tal infortúnio que atormenta sobremaneira o sono dos profissionais da educação ou dos envolvidos diretamente com o processo.
Tomemos aqui um breve raciocínio acerca de dois pólos fundamentais no processo de ensino dos nossos jovens, a família e a escola. Me parece, e isso não está fundamentado em “achismo” (tenho lido muita coisa a esse respeito), que esses dois elos não estão solidamente atados nesse processo tão significativo para que a sociedade consiga subsistir com o mínimo de harmonia. Para ser mais claro (o que as vezes é difícil para um filósofo) estou preocupado com essas duas esferas primordiais no crescimento do sujeito enquanto tal.
Primeiro vamos analisar o papel da família na EDUCAÇÃO. Assim mesmo! Com letra maiúscula. Será que pai, mãe e demais representantes de tal grupo social estão cumprindo com seu papel em relação ao crescimento intelectual e moral dos seus pupilos? Uma família, seja ela tradicional ou formada a partir de novas estruturações, tais como, pai e filho, mãe e filho, avô e neto, madrasta e enteado, entre outras situações, não pode se omitir, intencionalmente ou não, do acompanhamento da educação das suas crianças. Não se trata apenas de colocar o filho no mundo e suprir-lhe alimentação. E o alimento intelectual e moral, onde está?
É fato que nas tenras idades as crianças aprendem a partir dos exemplos daqueles que lhe são mais próximos. O raciocínio das crianças é simples: se aquele(s) que eu mais amo faz(em) desse modo, por que eu deveria fazer diferente? Então famílias! Cuidado com os exemplos que vocês dão aos seus filhos, pois depois não adianta cobras-lhes aquilo que vocês nunca fizeram. A pior coisa é uma família formada por hipócritas, onde se diz uma coisa e se age de outra forma. As crianças são fantásticas em termos de aprendizado e não vão deixar de notar esse antagonismo promovido por aqueles que elas mais amam.
A escola, como instituição responsável por um conhecimento mais sistematizado, recebe também todas as influências externas (ela não está imune àquilo que acontece fora dos seus muros), portanto, carece de uma maior discussão acerca de como esses fenômenos sociais afligem a organização como um todo, desde a prática docente, a relação ensino-aprendizagem, a coordenação e planejamento, etc.
Penso que a escola está sempre um passo atrás nessas discussões. Os integrantes dessa instituição percebem o problema, contudo em que sentido novas propostas são colocadas para combater esse desmantelamento social? Não estou dizendo que as escolas simplesmente estão com os braços cruzados, longe disso, apenas ressalto a necessidade premente das atividades desenvolvidas serem discutidas de modo mais efetivo, tentando perceber que avanços ou recuos sociais ela surtiu, ou seja, que utilidade tiveram para os alunos e para a sociedade. Aquilo que foi bom e agregou continua, já aquilo que não surtiu o efeito desejado pode e deve ser alterado. Fazer por fazer, simplesmente para cumprir uma obrigação burocrática e sem aferir os resultados em nada acrescenta à vida das pessoas.
Convém ressaltar que não quero aqui colocar a culpa pelas mazelas da educação somente na família ou na escola, mas apenas chamar a atenção para a importância social que essas duas esferas possuem e que não podem, em hipótese alguma, serem esquecidas ou relegadas a segundo plano. Enquanto nós não direcionarmos esforços para pensar seriamente esses dois elos educacionais teremos apenas uma posição parcial das mudanças sociais que vêm ocorrendo e seremos meros expectadores de tais transformações, porém afetados diretamente.
Lembro-me da fábula “Alice no País das Maravilhas” quando a protagonista chega numa encruzilhada e encontra um gato e pergunta: “Para onde vai essa estrada?” O gato responde: “Para onde você quer ir?” Alice diz: “Não sei”. O bichano, com toda eloqüência termina: “Ora, se você não sabe onde quer ir qualquer caminho serve”.
Vejam bem, se a sociedade não senta e discute o que quer para ela, se a família e a escola não se submetem à auto-reflexão, estaremos numa encruzilhada, isto é, se não sabemos que tipo de sociedade e cidadão queremos ter, o que importa o caminho que pegamos? O problema é que essa premissa acaba justificando situações educacionais horrendas e que em nada acrescentam a vida social. Mas como eu disse, se a sociedade (ainda) não sabe o que quer para ela, qualquer coisa serve. Pensemos nisso!

Texto publicado no Jornal Arinos, 30/04/2010

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O caminho mais curto para o fracasso é dizer que pensar é difícil!
(Paulo José Furtado)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Frases interessantes!

Os preguiçosos estão sempre a falar do que tencionam fazer, do que hão-de realizar; aqueles que verdadeiramente fazem alguma coisa não têm tempo de falar nem sequer do que fazem.
(Goethe)

A maior recompensa do nosso trabalho não é o que nos pagam por ele, mas aquilo em que ele nos transforma.
(John Ruskin)

Quando o trabalho é prazer, a vida é uma grande alegria. Quando o trabalho é dever, a vida é uma escravidão.
Máximo Gorki - Escritor russo

Trabalho intelectual é uma expressão errada . Não é "trabalho" - é prazer, dissipação, nossa maior recompensa.
Mark Twain

sexta-feira, 12 de março de 2010

Da utilidade do ensino de ética profissional

Enquanto professor, ministro a disciplina de Ética Profissional para alguns cursos de graduação. Algo que sempre me preocupou foi deixar claro para meus alunos de que nada adianta estudar sobre ética sem torná-la parte integrante dos seus atos cotidianos, isto é, estudar algo apenas por estudar ou apenas para cumprir com as exigências do currículo do curso, mas que na verdade não se considera como importante para a vida.
O estudo da ética, no caso a ética profissional, só faz sentido quando incorporamos seus fundamentos nas nossas atitudes diárias dentro e fora das empresas, caso contrário, tudo o que é dito, discutido, analisado sobre o assunto dentro da sala de aula tornam-se apenas palavras ao vento.
Infelizmente percebo em grande parte dos alunos o desinteresse em tratar ou frequentar tal disciplina. Talvez acreditem que seja fácil ser ético, ou que tal cadeira não serve pra nada no seu curso, ou que tal temática não possui utilidade prática alguma, entre outros argumentos pouco sustentáveis. Ética, assim como Filosofia, não se ensina, aprende-se a filosofar ou a desenvolver comportamentos éticos. Espero que meus alunos compreendam a importância do agir ético no exercício das suas atribuições profissionais e sociais, senão serão sempre especialistas "com muletas", ou seja, excelentes técnicos e burocratas, mas péssimos seres de convivência social e que pouco contribuirão para a melhoria da comunidade em que estão inseridos! Deus me ajude neste caminho de ensinamento, pois tem sido muito difícil!

terça-feira, 9 de março de 2010

A condição humana

Diferimos dos animais pela nossa capacidade de pensar o mundo e a nós mesmos. Relação ou processo dialético é como a Filosofia chama essa capacidade do ser humano em (ao mesmo tempo) unir pensamento e ação. Quando pensa, o homem, em certo sentido, remete à uma ação prática. Essa ideia, um tanto quanto simples de ser compreendida, é que provoca a evolução histórica. Não somos os mesmos homens de ontem e não seremos os mesmo de amanhã.
Todas as grandes transformações promovidas na humanidade são reflexos indeléveis dessa relação exposta acima. Quebrar paradigmas, esse é o nome que se dá para aqueles que se propuseram a levar ao máximo pensamento e ação. Em todas as áreas do saber, sejam humanas, biológicas, exatas, etc, a quebra de paradigmas representa um ponto de evolução e transformação. Einstein, Newton, Lavosier, são apenas alguns nomes de grandes quebradores de paradigmas. Já pensou se estes e outros homens nao tivessem existido? Portanto, não devemos nos conformar em apenas reproduzir o que já existe, mas inovar, pensar, agir, propor novas ideias e caminhos. Justamente aí encontra-se a nervura central da produção científica: o novo, o ainda não pensado, o porvir, o vir a ser.
O que quero dizer com isso tudo é que a dialética é mãe de todas as transformações que se externam na forma de quebra de paradigmas, assim, QUEBRE OS SEUS! Eu estou quebrando os meus constantemente.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A MISSÃO DA EMPRESA

Parece muito óbvio para a maioria dos gestores que a missão fundamental de uma empresa seja buscar o lucro; esse raciocínio não está errado, contudo não se limita apenas a isso. Vamos raciocinar um pouco, obviamente sob o ponto de vista ético.
Existe uma relação da organização empresarial que vai muito além do óbvio. É impensável na atualidade a existência de uma empresa que não coloca o agir ético como fundamento importante da sua existência. O mercado consumidor, os fornecedores, a sociedade de modo geral querem olhar para a organização muito além dos seus pressupostos visíveis, isto é, apenas se os serviços prestados ou bens ofertados são satisfatórios; o olhar volta-se também para aquilo que outrora ficava circunscrito aos meandros administrativos: seu compromisso social. A Missão de uma empresa deve externar, de modo convicto e claro, tudo aquilo que move a organização, suas crenças, seus valores morais, a sua forma de ver as pessoas e a sociedade que a cerca. A Missão não deve ser apenas para "inglês ver", mas uma máxima moral a ser praticada e buscada de maneira inequívoca. Todos os indivíduos envolvidos na empresa devem ter bem claras as máximas em que a organização está assentada, pois isto é um potente motor que movimenta ao agir adequado em relação ao corpo social no seu sentido mais amplo.
Voltem sempre!